Meu Canto do Pátio

Prisão lotada. Detentos no pátio. E eu no meu canto.

Regrite Aguda

Published by Juliana Cintra under on 15:46:00
O ato de viver nos leva às regras. Crescemos com elas em casa e na rua. Em qualquer relacionamento há regras; também quando se vive só, criam-se as próprias. Temos normas na época de aula e as mesmas se prolongam até as férias. Nosso dia-a-dia é movido por elas para um funcionamento eficaz.
Talvez por isso, a liberdade, tão complexa e inapalpável, me é um desafio. Tento achar uma maneira de encontrá-la e talvez a escrita fosse o momento em que eu acreditasse possuí-la. Engano meu. Somos criados em nossas escolas de modo a seguirmos regras – é claro – a todo tempo, inclusive em uma redação. Fornecem-nos tema, papel, caneta e tempo. Desde crianças somos induzidos à falta de imaginação, à falta de pensamento crítico e às portas do tão temido senso comum.
Muitas vezes as escolas têm como resultado o oposto de seu objetivo (ou não): criam autômatos, jovens com bloqueio criativo. Seres que conduzem perfeitamente um cálculo matemático e vivem a vida mesmo com uma ciência exata. Isso tudo se reflete em homens fracos, repetitivos e que não somam, apenas se juntam a esse exército manipulado, fadado à indiferença eterna, criado pela sociedade contemporânea.
Regras demais impõem limites exagerados, nos fazem andar entre certos espaços, fazendo-nos ir onde já há gente. Revolucionar não é tão simples assim.

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